BARREIRAS A RECUPERAÇÃO IMPOSTAS PELO D.Q.
BARREIRAS A RECUPERAÇÃO IMPOSTAS PELO D.Q.
A área governamental e da saúde tem demostrado preocupação com o alto índice de dependente químico em nossa sociedade. Tem sido organizado comissões, agencias e grupos de cidadãos para promover educação, pesquisa e tratamento para este serio problema sócio-politico-psicológico.
PASSADO: Psicólogos e psiquiatras em tempos passados, tiveram pouco interesse e motivação em tratar da doença; a dificuldade em manter o D.Q. em tratamento, a atuação, representação e manipulação que aumentam as barreiras entre paciente e terapeuta, com resultados desencorajadores.
RECENTE: Recentemente, as profissões medicas, psicológicas e sociológicas, tem aceitado o desafio de compreender a doença dependência química e a sua natureza. Por que:
Aceitaram o problema como doença; A mudança na opinião publica (o D.Q. não tem força de vontade, são mendigos de rua e que não vale a pena ajudar).
Mudanças na atitude dos profissionais: muitos casos de D.Q. tratados em hospitais psiquiátricos, sendo também tratados como doentes mentais.
Compreender a personalidade do D.Q. é tarefa difícil. Temos que lidar não apenas com o uso problemático do D.Q., mas com sua personalidade complexa:
Falta aparente de motivação para lidar com os problemas, apoio familiar, vocacional e social (facilitadores), complicações de diagnósticos psiquiátricos múltiplos. Exemplo: existem poucos D.Q. hospitalizados, livres de serias psicológicas, que incluem: síndromes cerebrais crônicas e agudas, neuroses, desordens de caráter e psicoses.
Apresentamos agora, alguns conceitos sobre a natureza da dep. Química, a partir de um ponto de referencia que é comum: é importante não supormos que D.Q. é um grupo homogêneo, e o que segue não é retrato de todos eles, em vez disso, os conceitos que aqui discutiremos, estão entre algumas das características comuns a doença.
BARREIRAS À AJUDA:
Fase mais complexa: má vontade em se render ao seu problema. Admitir que é dep. Químico. A pessoa parece estar negando a realidade do seu problema.
Render-se, chegar ao fundo do poço – admitir: é um processo psicológico emocionante. Esse processo implica em rendição. Isto significa que:
O D.Q. tem que reconhecer que não pode fazer as coisas sozinho; é incapaz de resolver seus problemas; é a confirmação de que é inútil, inadequado e enganado sobre si mesmo e os outros. Tem que admitir isso sobre si próprio.
Negar que tem problemas com os químicos significa:
Que esta se agarrando ao ultimo desejo infantil de que pode controlar seu uso de químicos e portanto, não ser diferente ou inferior aos outros;
O ato de desistir, entregar-se é também um processo de submeter-se a profundas necessidades dependentes, as quais tem consumido muita energia em negar.
Porque deveria ter medo de suas necessidades infantis dependentes?
Parece que ser dependente de pessoas representa para ela uma perda de identidade, com a qual não consegue lidar ou encarar.
O processo de rendição não ocorre apenas uma vez, mas deve ser repetido diversas vezes. Uma pessoa chegará ao fundo de poço:
Desenvolverá uma quantidade apropriada de humildade e rendição a outras e então buscará tratamento e ajuda; Segundo estudiosos da doença da dependência química, a salvação do D.Q. está sempre em manter o ego reduzido, em se manter humilde. É importante que o terapeuta esteja alerta atento ao seu ciclo de rendição, para prever a recaída.
VINCULO PERFECCIONISMO / FRACASSO
Outro conceito é o VPF (vinculo perfeccionismo / fracasso) ou desejo de super-homem (mulher).
O Padrão de muitos D.Q. durante sua recuperação parece ser o de que luta pela perfeição para compensar comportamentos inaceitáveis do passado (sistema de valores).
Devido ao seu perfeccionismo, constroem o fracasso para si mesmo, por quê?
O estabelecimento de metas é muito alto e irreal, e quase sempre garante que irão falhar, adicionando ao seu profundo sentimento inadequação;
Não podem se permitir errar ou ser apenas humano. Precisam saber tudo, ter respostas certas para qualquer situação; Cometer algum erro iguala-se à total e completo fracasso. É como uma pessoa andando pela corda bamba durante a vida; Não tem margem para erro, criando uns permanentes estados de tensão e medo, que é bem evidente em muitos dependentes químicos.
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