A GUERRA QUE NÃO PODE SER PERDIDA
A GUERRA QUE NÃO PODE SER PERDIDA
Autor: Prof. Saulo Monte Serrat / Psicologo, professor da PUC-CAMPINAS, SP; Diretor do centro de formação e treinamento FEBRACT.
A guerra contra o narcotráfico é uma perdida no Brasil e na America Latina. Esta tese, defendida por um grupo seleto de pesquisadores da chamada economia delinquencial, se baseia em estudos realizados desde o inicio da década de 1980. a droga é a unica alternativa econômica para os países do terceiro Mundo.
Pouco depois a revista veja ocupou sua capa com os dizeres: Maconha quase liberada. a questão não é mais saber se um jovem vai experimentar a erva. a pergunta é quando ele fara isso. embora o texto interno amenize a afirmação, a mensagem de capa foi a que marcou mais.
recentemente, The Econist, um dos mais importantes semanários do mundo e um arauto do conservadorismo defendeu, em matéria de capa e em seu editorial, a legalização das drogas. apoiando-se nas ideias de stuart Mill, transcreve sua afirmação mais divulgada: O individuo é soberano sobre si mesmo, sobre o seu corpo e sua mente.
Alberto dines lembra, judiciosamente, que quem concordar com essa afirmação deveria, por coerência, repudiar todas as leis e normas, pois elas interferem no prazer e na liberdade do individuo, mas que, sem elas seria impossível o convívio social.
Estes são três exemplos, entre tantos outros, de uma atitude que sugere a capitulação diante das drogas.
Na historia da humanidade não é a primeira vez que o medo, diante de um inimigo poderoso, paralisa a vontade de reagir e facilita a ação do adversário.
Para ficarmos apenas na historia contemporânea, temos um exemplo em que apareceram, na mesma ordem cronológica todos os elementos presentes na atual escalada das drogas.
O medo diante de um perigo ameaçador, a tentativa vã de conjura-lo mediante concessões, a neutralidade de quem achava que o problema não lhe dizia respeito, a adesão dos que procuram sempre estar do lado do vencedor, o desespero diante das vitorias do inimigo e a sensação de que a guerra estava perdida.
No meio da década de 1930, iniciou-se um processo que ameaçava varrer da face da terra o regime democrático. Ao totalitarismo da esquerda, representado pela União Soviética, juntaram-se regimes ditatoriais de direita: Alemanha, Itália, Japão, Portugal, Espanha, outros países da Europa e da Asia, vários paises da America Latina, inclusive o Brasil. Para agravar a situação, surgem nos países democraticos organizações favoráveis ao nazi-fascismo, a chamada "quinta coluna".
Nesse panorama sombrio, em 1.938,a Alemanha começa a movimentar sua poderosa maquina de guerra. apenas no mês de março ocupa a Renânia, anexa a Áustria e invade a Checoslováquia.
teremos diante daquela demonstração de força a Inglaterra e a França procuram negociar, e o pacto de Munique significou um recuo diante de um inimigo implacável.
Poucos meses eram passados quando o mundo assiste perplexo a união dos dois totalitarismo: Alemanha e União Soviética celebram um pacto de amizade e de agressão. Uma semana após o pacto, invadem e partilham entre si a Polônia.
Inglaterra e França percebem que não há mais como recuar e declaram guerra à Alemanha. Em Novembro, a União Soviética invade a Finlândia.
O ano de 1940 assinala os mais duros ataques a democracia: a Dinamarca, a Noruega, a Bélgica e a Holanda são ocupadas sucessivamente, na denominada " guerra relâmpago". O Primeiro grupo de exercito britânico e batido e somente escapa da destruição pela retirada de Dunquerque. No dia 14 de Junho tropas alemãs ocupam Paris e, dez dias depois, a França capitula. A Inglaterra tem suas principais cidades destruídas por bombardeios aéreos e, a todo momento, aguarda-se a sua invasão.
A partir de Junho de 1941 o excesso de confiança leva os países do eixo a cometerem dois atos que tiveram consequências desastrosas para eles: a Alemanha rompe o pacto com a União Soviética e invade esse pais. Do outro lado do mundo, o Japão ataca de surpresa a frota norte americana baseada em Pearl Harbour, provocando perdas de grande vulto. Esse ataque tira dos Estados Unidos da neutralidade em que tinham se mantido até então e, em Dezembro daquele ano, o país envolve-se no conflito mundial.
A essa altura dos acontecimentos o mundo democrático percebeu que o único caminho a seguir era o de unir-se e enfrentar o inimigo.
Depois de milhões de vidas perdidas, sofrimentos lancinantes e de perdas materiais incalculáveis, o homem conseguiu ver reconhecido o direito de viver em um regime que, com todas as suas imperfeições, ainda é o melhor.
Na luta que hoje se trava contra as drogas, também estão em jogo valores fundamentais, que dão sentido e dignidade à vida. Tenhamos em relação a ela a mesma determinação e o mesmo espirito de luta que animaram os que combateram para preservar a liberdade.
Façamos nossas as palavras de João II: "a droga é um mal, ao mal não se da trégua".
Autor: Prof. Saulo Monte Serrat / Psicologo, professor da PUC-CAMPINAS, SP; Diretor do centro de formação e treinamento FEBRACT.
A guerra contra o narcotráfico é uma perdida no Brasil e na America Latina. Esta tese, defendida por um grupo seleto de pesquisadores da chamada economia delinquencial, se baseia em estudos realizados desde o inicio da década de 1980. a droga é a unica alternativa econômica para os países do terceiro Mundo.
Pouco depois a revista veja ocupou sua capa com os dizeres: Maconha quase liberada. a questão não é mais saber se um jovem vai experimentar a erva. a pergunta é quando ele fara isso. embora o texto interno amenize a afirmação, a mensagem de capa foi a que marcou mais.
recentemente, The Econist, um dos mais importantes semanários do mundo e um arauto do conservadorismo defendeu, em matéria de capa e em seu editorial, a legalização das drogas. apoiando-se nas ideias de stuart Mill, transcreve sua afirmação mais divulgada: O individuo é soberano sobre si mesmo, sobre o seu corpo e sua mente.
Alberto dines lembra, judiciosamente, que quem concordar com essa afirmação deveria, por coerência, repudiar todas as leis e normas, pois elas interferem no prazer e na liberdade do individuo, mas que, sem elas seria impossível o convívio social.
Estes são três exemplos, entre tantos outros, de uma atitude que sugere a capitulação diante das drogas.
Na historia da humanidade não é a primeira vez que o medo, diante de um inimigo poderoso, paralisa a vontade de reagir e facilita a ação do adversário.
Para ficarmos apenas na historia contemporânea, temos um exemplo em que apareceram, na mesma ordem cronológica todos os elementos presentes na atual escalada das drogas.
O medo diante de um perigo ameaçador, a tentativa vã de conjura-lo mediante concessões, a neutralidade de quem achava que o problema não lhe dizia respeito, a adesão dos que procuram sempre estar do lado do vencedor, o desespero diante das vitorias do inimigo e a sensação de que a guerra estava perdida.
No meio da década de 1930, iniciou-se um processo que ameaçava varrer da face da terra o regime democrático. Ao totalitarismo da esquerda, representado pela União Soviética, juntaram-se regimes ditatoriais de direita: Alemanha, Itália, Japão, Portugal, Espanha, outros países da Europa e da Asia, vários paises da America Latina, inclusive o Brasil. Para agravar a situação, surgem nos países democraticos organizações favoráveis ao nazi-fascismo, a chamada "quinta coluna".
Nesse panorama sombrio, em 1.938,a Alemanha começa a movimentar sua poderosa maquina de guerra. apenas no mês de março ocupa a Renânia, anexa a Áustria e invade a Checoslováquia.
teremos diante daquela demonstração de força a Inglaterra e a França procuram negociar, e o pacto de Munique significou um recuo diante de um inimigo implacável.
Poucos meses eram passados quando o mundo assiste perplexo a união dos dois totalitarismo: Alemanha e União Soviética celebram um pacto de amizade e de agressão. Uma semana após o pacto, invadem e partilham entre si a Polônia.
Inglaterra e França percebem que não há mais como recuar e declaram guerra à Alemanha. Em Novembro, a União Soviética invade a Finlândia.
O ano de 1940 assinala os mais duros ataques a democracia: a Dinamarca, a Noruega, a Bélgica e a Holanda são ocupadas sucessivamente, na denominada " guerra relâmpago". O Primeiro grupo de exercito britânico e batido e somente escapa da destruição pela retirada de Dunquerque. No dia 14 de Junho tropas alemãs ocupam Paris e, dez dias depois, a França capitula. A Inglaterra tem suas principais cidades destruídas por bombardeios aéreos e, a todo momento, aguarda-se a sua invasão.
A partir de Junho de 1941 o excesso de confiança leva os países do eixo a cometerem dois atos que tiveram consequências desastrosas para eles: a Alemanha rompe o pacto com a União Soviética e invade esse pais. Do outro lado do mundo, o Japão ataca de surpresa a frota norte americana baseada em Pearl Harbour, provocando perdas de grande vulto. Esse ataque tira dos Estados Unidos da neutralidade em que tinham se mantido até então e, em Dezembro daquele ano, o país envolve-se no conflito mundial.
A essa altura dos acontecimentos o mundo democrático percebeu que o único caminho a seguir era o de unir-se e enfrentar o inimigo.
Depois de milhões de vidas perdidas, sofrimentos lancinantes e de perdas materiais incalculáveis, o homem conseguiu ver reconhecido o direito de viver em um regime que, com todas as suas imperfeições, ainda é o melhor.
Na luta que hoje se trava contra as drogas, também estão em jogo valores fundamentais, que dão sentido e dignidade à vida. Tenhamos em relação a ela a mesma determinação e o mesmo espirito de luta que animaram os que combateram para preservar a liberdade.
Façamos nossas as palavras de João II: "a droga é um mal, ao mal não se da trégua".
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