Dependência Química


A Dependência química é uma doença democrática. Não escolhe sexo, raça ou religião para manisfestar-se. Também parece não ter relação evidente com determinado tipo de caráter, estrutura de personalidade ou biotipologia. Pode ser identificada entre presidentes de nações e primeiras damas, intelectuais, artistas de todas as modalidades, diretores de grandes organizações, donas de casa, jovens de todas as idades e classe sociais, indigentes, crianças abandonadas e pessoas de famílias aparentemente estruturas, incide igualmente, sem distinção, sobre aqueles que foram amados e amparados em sua infância, juventude, assim como entre os rejeitados e abandonados a própria sorte. Uma vez instalada a doença, o que ocorre de forma previsível é que ela induz todos os seus portadores a se comportarem de forma destrutiva e anti-social.
Os estudos mais recentes apontam que existe uma pré-disposição pessoal do dependente em desenvolver obsessões compulsivas, (fatores hereditários). Existem classificadas 73 tipos de indiscriminada de substancias psicoativos, toda pessoa com potencial para desenvolver a dependência, desenvolvera de fato. O período de evolução e instalação da doença depende de uma serie de variáveis, como por exemplo: idade, droga escolhida, grau de sensibilidade do organismo da pessoa, entre ouras. Com certeza o álcool causara uma devas tacão maior na vida de uma adolescente do que na de uma de um adulto, devido à imaturidade global deste organismo da pessoa, assim como o crack provocara sintomas mais rapidamente do que o álcool, em virtude da maior potencialidade da droga e do seu impacto no cérebro.
Numa primeira etapa o contato com o químico é social, a alteração do humor vai do normal para o eufórico, ressacas ocasionais e a experiência são emocionalmente positivas e gratificantes. Numa segunda etapa começa a manifestar-se a dependência, há o desenvolvimento da tolerância ao químico, busca da normalização do humor depressivo – normal, há um aumento da quantidade, primeiros lapsos de memória, queda da produtividade/ rendimento no trabalho/ escola, dificuldades no relacionamento interpessoal, ressacas mais freqüentes, isolamento e grande sofrimento emocional. Na terceira etapa a dependência física já se instalou. Existe uma necessidade de manter certa quantidade de químico no organismo para evitar a abstinência. Os níveis de dopamina, seretonina e endorfina já estão baixas. Podem ocorrer alucinações. Depressões profundas de humor, baixa auto-estima e pensamentos negativos e autodestrutivos. Nesta fase as perdas e danos demonstram que a doença está em estagio avançado. A pessoa amável torna-se irritadiça e hostil. O feliz transforma-se em triste e mal humorado. O bondoso pode se mostrar violento. Não aceita criticas, torna-se rígido e impenetrável.
O tratamento do Dependente Químico alem da desintoxicação e tratamento medicamentoso para abstinência, deve resgatar a funcionalidade da dinâmica da personalidade trata esta síndrome emocional, a angustia, resgatando valores, força de ego, auto-estima, controle interno e externo.
A readaptação do dependente químico na sociedade deve também ser acompanhada tendo a vista a necessidade de reaprender a viver. O trabalho é em longo prazo, se inicia no centro de tratamento, mas deve ter continuidade para garantir, ou pelo menos minimizar a possibilidade de recaídas. A freqüência em salas de NA e AA, ambulatório e/ ou acompanhamento psicológico pós clinica são fundamentais na recuperação do Dependente Químico.

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