DANOS À PELE CAUSADOS PELO USO DE CRACK E COCAÍNA SÃO REVERSÍVEIS?
Os efeitos do uso do crack, como o envelhecimento, enrugamento e ressecamento da pele são reversíveis se a pessoa parar de usá-lo? Resposta: São várias as conseqüências dermatológicas nocivas associadas com o consumo de cocaína/crack. Além dos efeitos diretos da cocaína sobre a mucosa e a pele, devem-se ressaltar os efeitos indiretos, relacionados, por exemplo, à má nutrição comumente vista entre dependentes de cocaína. Realmente, além dos efeitos euforizantes da cocaína/crack, essa substância propicia a constrição das veias e artérias do corpo, provoca danos nas paredes dos vasos sangüíneos e intensifica o fenômeno da coagulação.
A inalação da cocaína pode resultar em edema da mucosa nasal, com sintomas de rinorréia (coriza significativa), diminuição da capacidade para sentir odores e, cronicamente, em necrose e perfuração do septo nasal. O consumo crônico desta substância tem também sido associado a vários outros quadros dermatológicos, como vasculites, verrugas intranasais, púrpura palpável (pequenos pontos elevados vermelhos ou de cor púrpura, resultado do extravasamento de sangue dos capilares sangüíneos) e esclerodermia (espessamento da pele, resultado do acúmulo excessivo de proteínas – colágeno). É comum o encontro de escoriações generalizadas na pele devido à coceira induzida pela cocaína /crack. Alguns indivíduos, após o uso, têm a sensação de que existem bichos andando pelo seu corpo; isso, também, faz com que eles se cocem com grande intensidade. O dependente de cocaína/crack, freqüentemente, alimenta-se de maneira inadequada e insuficiente. O déficit constante e progressivo de vários nutrientes induz a inúmeras complicações em vários órgãos, como a pele. Todas as conseqüências nocivas do consumo de cocaína/crack devem ser adequadamente tratadas, mas o dependente deve também estar inserido em um tratamento para a sua dependência química. A melhora do quadro dermatológico dependerá da abstinência completa das substâncias psicoativas utilizadas, bem como do adequado diagnóstico e tratamento das doenças dermatológicas induzidas. Logo, você deve consultar um dermatologista, revelando seu padrão de consumo de cocaína/crack, afim de que seu médico possa avaliar qual é o seu problema dermatológico e definir o tratamento adequado. Um acompanhamento conjunto com um médico especialista de dependências químicas também será necessário, se você ainda mantém o uso desta substância. FONTE: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/crack.htm |
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