A IMPORTÂNCIA DO SENTIMENTO DE LIBERDADE
O sentimento de “liberdade” é
fundamental para o desenvolvimento humano. Este está presente desde quando
nascemos e começamos a explorar o meio à nossa volta, acompanhando-nos até ao
fim das nossas vidas. Esse sentimento proporciona o auto-desenvolvimento e o
auto conhecimento.
Sentirmo-nos livres é fundamental
para sermos que somos, ou mesmo descobrimos que somos. Mas por vezes é tão
subtil que o negligenciamos e nem lhe damos a devida importância. É necessário
muitas vezes alguma consciência, para perceber esse sentimento de liberdade.
Quantas vezes perguntamo-nos “porque
me sinto mal” ou “porque me sinto bem” ao pé de determinada pessoa e não
conseguimos encontrar uma resposta. Em muitos casos deve-se ao sentimento de
liberdade que sentimos (ou não) ao pé de determinada pessoa.
O sentimento de liberdade é sentir
que podemos ser genuinamente nós em toda a nossa essência e ao mesmo tempo
somos aceites. O sentimento de liberdade, passa pela aceitação incondicional do
meio. Porém, essa “abertura” do meio ou de determinada pessoa, essa “aceitação
incondicional” é tão subtil que passa desapercebida e consequentemente não lhe
dando o seu devido valor.
Todas as tentativas de alterarem quem
nós somos prejudicam esse sentimento de liberdade. Tudo o que não nos permite
ser genuinamente quem somos, não favorece o sentimento de liberdade. Como
referi anteriormente desde que nascemos esse sentimento pode acompanhar-nos (ou
não). A vinculação mais adequada deve-se a um misto de liberdade e segurança na
exploração do meio, proporcionando um “melhor” desenvolvimento.
Cada vez que julgamos, impomos as
nossas ideias ou tentamos modificar o outro, não o estamos a aceitar
incondicionalmente, logo o outro vai-se inibir de ser ele genuinamente. Quando
isso acontece, consoante a personalidade e características cognitivas de cada
um, podem surgir essencialmente duas opções possíveis:
1º A pessoa reage negativamente – a
pessoa afasta-se ou entra em conflito com a outra pessoa, tentando garantir e
conservar a genuinidade do seu ser.
2º A pessoa tenta reagir
positivamente – a pessoa abdica da sua essência para “agradar” o outro. Esta
pode ter dois fins possíveis a médio/longo prazo:
A)
a pessoa “abdica” completamente da sua essência e convence-se que é diferente, porém
é perseguida por uma intensa tristeza e até mesmo depressão. Porque sem ela
saber, está a ser algum que não é.
B)
a pessoa “cansa-se de não ser ela”, ou apercebe-se que não a sua genuinidade
não é aceite. Por consequência, esta reivindica “o seu ser”, que pode
traduzir-se num afastamento ou até mesmo num terminando uma possível
relação.
E você aceita os outros
incondicionalmente? Sente que pode ser genuína com as pessoas à sua volta?
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