MODELO DE TRATAMENTO - CADERNO 2 - PENSAMENTO DESTRUTIVO







INTRODUÇÃO
nós podemos conseguir manter e desfrutar uma sobriedade duradoura. Temos dentro de nós o potencial para crescer e amadurecer em nossa recuperação, para conseguir uma vida abundante e plena. Podemos nos tornar pessoas de autoestima elevada e de perspectiva positiva. Podemos nos tornar vencedores.
Quantos recuperam? Quantos conseguem manter-se sobrios e bem depois da sua primeira experiencia em tratamentos? Quantos recaem mergulhando outra vez na doença e no desespero da dependenia quimica?
De fato a dependencia quimica é uma doença caracterizada pela recaída. Dentre aqueles que sinceramente tentam manter-se sóbrios e bem através de aconselhamento profissional e dos alcoólicos e narcoticóticos anônimos, cerca de 40% tendem a ter uma recaida após anos de recuperação. O que se passa com eles? Serão estupidos?
É pouco provável. Veja que uma recuperação duradouraestá dependente da inteligencia. O mundo está cheio de alcoólicos e adictos inteligentes. Um doutoramento em qualquer profissão não garante uma sobriedade feliz. Nem tão pouco ganhar na loteria ou ficar em primeiro lugar num concurso de beleza.
Não é a inteligência, a sorte ou a beleza que nos mantem sóbrios – a atitude faz a diferença na recuperação.

A ATITUDE É A RESPOSTA
As atitudes são tanto um caminho para uma recuperção saudável e feliz como o caminho para a recaída. Tão simples quanto isso. Isto não é de maneira nenhuma uma ideia nova. Os antigos gregos compreenderam-no. Norman Vincent Peale, mudou as vidas de milhares de pessoas sugerindo o poder do pensamento positivo. Earl Nightingale disse-nos: “Nós nos tornamos literalmente, naquilo que pensamos na maioria dos tempo”.
Infelizmente aqueles que dentre nós estão a recuperar da dependencia química com demasiada frequência sofrem do que membros de NA chamam “pensamento destrutivo”. O pensamento destrutivo é uma má atitude. É ser negativo, é culpabilizar e é estar cronicamente insatisfeito. É traiçoeiro.
As nossas más atitudes podem enganar toda a vizinhança, mas a arrogancia e o falso orgulho levam-nos a acreditar que os nossos pensamentos e ações destrutivos são tão doces quanto as flores de primavera. É com certeza o outro que está errado! Este é outro elemento do pensamento destrutivo. Tornamo-nos peritos em inventariar o proxímo enquanto permanecemos cegos aos nossos próprios defeitos.
O pensamento destrutivo é um dos maiores sintomas de dependência química. Todos nós sofremos disso uma vez ou outra e não passa com 30 dias de tratamento. Até nos pode destruir enquanto sóbrios destruindoo a nossa recuperação.
Os 40% que escorregam para a recaída crônica são pensadores destrutivos por excelência. Cada um de nós deve examinar o seu próprio pensamento. Será a nossa atitude positiva e construtiva ou praticarmos pensamentos destrutivos? Andamos a fazer a corte à recaida com atitudes negativas? Estaremos a pendurar-nos na sobriedade com os dentes cerrados e uma infelicidade violenta?
Para se conseguir uma recuperação bem sucedida para nos sentirmos bem mentalmente e fisícamente, precisamos de ter cabeças no lugar com um pensamento claro e racional. Para conseguirmos isso temos de reconhecer os nossos padrões de pensamentos destrutivo e aprender maneiras de mudar esses padrões positivos.

ATITUDES COMUNS EM PENSAMENTOS DESTRUTIVOS
Existem quadro dominadores comuns que parecem caracterizar as pessoas que voltam a recair para a adicção de bebida ou outra depenpência química. Estas quatro atitudes especificas podem aparecer durante qualquer período do processo de recuperação, mesmo depois de vários anos de sobriedade bem sucedida. Contudo tem um papel primordial durante os primeiros meses críticos de sobriedade.
Estas atitudes são muitas vezes a causa da recaída que ocorre durante o primeiro ano depois do tratamento. Uma pessoa pode terminar um programa de tratamento com êxito e mesmo assim continuar a ser um pensador destrutivo! Porque, bem vê, semanas de tratamento intensivo são apenas o começo da recuperação. A recuperação é um processo. Leva tempo e esforço. A recuperação continua para além do tratamento a medida que trabalhamos para desenvolver atitudes positivas no mundo que nos rodeia assim como melhoramos os relacionamentos e recuperamos a saúde. A recuperação é dinâmica. É o processo de mudança, crescimento, e amadurecimento. Para nós, a recuepração é a vida.
Portanto vamos olhar mais de perto para as atitudes negativas que podem impedir a recuperação de seguir no bom caminho.

CONVERSA FIADA
Fyodor Dostoyevsky, escritor Russo disse uma vez que: “fingir tão facilmente coexiste com o sentimento sincero”.
As suas palavras descrevem habilmente um fenômeno comum entre as pessoas que estão em tratamento da dependẽncia química. O fenômeno chama-se conversa fiada e é um exemplo de primeira importância do pensamento destrutivo. A conversa fiada é um exemplo de primeira importância do pensamento destrutivo. A conversa fiada é fazer afirmações que não são sinceras. É dizer aos outros aquilo que eles querem ouvir. É condescendencia superficial, um logro para sermos bem vistos.
Conversa fiada é diferente da mentira. Quando mentimos estamos a cometer uma fraude total. Sabemos que estamos a faltar com a verdade e esperamos não ser apanhados. A conversa fiada parece-se mais com um pensamento daquilo que se deseja: no minimo, só aceitamos em metade daquilo que estamos a dizer. Algumas vezes somos totalemente sinceros – pelo menos nessa altura. Mas falta-nos sequencia. E só conversa e nada de ação. E isto é o que torna perigosa a conversa fiada para a pessoa em recuperação. Sentamo-nos mexendo os lábios, desejando que as nossas palavras tornem verdade.
Mas a conversa de nada vale. A recuperação exige ação! Mudança! Compromisso! Trabalho!
A conversa fiada faz perigar a sobriedade, porque somos inficientes ingênuos para acreditar que ao repetir as palavras e os slogans certos podemos adequadamente substituir o trabalho, tantas vezes dolorosos e difícil, de olharmos para dentro de nós mesmos e murmurarmos as crenças e comportamentos errados que tornam as nossas vidas desgovernadas.
A conversa fiada não resulta. Podemos ser capazes de enganar o nosso conselheiro, a mulher, o patrão, os amigos, a assistente social com nossas fluentes palavras, mas a menos que secundemos essas palavras com a ação sincera, teremos que encarar a possibilidade mais provável e recaida!
Certas frases feitas são caracteristicas de conversa fiada:
- prometemos não tornar a fazer.
- desta vez eu aprendi a lição.
- eu acho os N.A maravilhosos, mas…
- juro que ter sido apanhado a guiar bêbado foi a melhor coisa que me aconteceu.
- sei que nunca mais tornarei a beber.
- eu vou deixar de (fumar, guiar sem carteira, comer porcarias, perder a cebeça, etc.) assim que…
- farei tudo o que disser, desde que (não me despeça, não tenha que me divorciar, não me meta na cadeia).
Lembre-se, normalmente acreditamos na nossa própria manipulação. Continuidade é o que distingue a falsidade da manipulação e a sinceridade do verdadeiro compromisso com a recuperação.

Não é o que dizemos que conta. Mas sim aquilo que fazemos.
1 – será que faço listas das coisas que devo fazer maneiras de me melhorar e, contudo, falho redondamente no cumprimento das coisas que tenho em lista?
2 – será que no meu intimo acredito que, embora outras pessoas quimicamente dependente precisam seguir os requisitos de um programa de tratamento para recuperar esses requisitos na verdade não se aplicam a minha situação?
3 – Será que, as vezes, me pego a repetir certas frases e slogans acerca da minha recuperação na esperança de ganhar a aprovação das pessoas que me odeiam?
4 – Será que faço promessa para melhorar o meu comportamento e que essas promessas nunca se realizam?
Se a resposta é sim mesmo que seja só uma destas perguntas, estamos a sabotear a nossa recuperação ao entrarmos no conversa fiada.
O que é que nos leva a sabotarmo-nos desta maneira? Por uma única razão, porque tendemos a agradar aos outros. Queremos ganhar a aprovação dos nossos conselheiros, pares e família, dizendo-lhes aquilo que pensamos que eles querem ouvir.
Torna-os felizes e tratam-nos bem, para usarmos a conversa fiada. É um processo eficaz de as outras pessoas deixarem de nos aborrecer. Se dissermos o slogan certo, podemos acalmar o conselheiro, o juiz, a mulher ou o marido que continuam a censurar-nos.
A chave da conversa fiada é a insinceridade. Enganamos os outros as vezes sem conta. E isso conduz-nos a outro dos nossos problemas de atitude, nomeadamente…

A grandiosidade é o outro lado da baixa auto estima. É caracterizada por um sentido exageradoo do “eu”, e aqueles que entre nós sofrem disso possuem um sentido embaraçosamente irrealista da sua importância, talentos e habilidades. Comportamo-nos como se fossemos imunes as leis do universo que governam os simples mortais. Bem, achamo-nodiferentes.
É a nossa crença grandiosa de que outras pessoas são demasiados estupidas para reconhecerem a nossa insinceridade que nos leva a continuar o jogo da conversa fiada.
Grandiosidade é acreditar que ppodemos frequentar bares escuros e fumaremos sem sermos tentados a beber.
Grandiosidade é acreditarmos que podemos continuar a andar por ai com os nossos velhos amigos do “uso” sem sermos apanhados outra vez na adicção.
Grandiosidade é acreditar que há outras pessoas que podem precisar de muleta dos A.A ou N.A, mas que nós não precisamos nenhuma dessas tretas da espiritualidade.
Grandiosidade é acreditar que uma cerveja ou um baseado não vai nos fazer perder o controle.
Grandiosidade é acreditar que podemos voltar a beber em sociedade ou usar drogas outra vez controladamente.
Grandiosidade é acreditar que somos melhores, mais espertos ou dignos que os outros.
Grandiosidade é acreditar que as regras são para os tolos e não para nós.
Grandiosidade é a crença irrealista de que, de uma maneira ou de outra, podemos magicamente ultrapassar as probabilidades de podermos continuar preguiçosos e exigentes, sem arriscar a recaída.
Grandiosidade é pensamento destrutivo.
Devemos pôr-nos as seguintes questões:
1 – será que pretendo frequentar bares porque sei que sou suficientemente forte para não ser tentado a beber outra vez?
2 – Será que provavelmente posso voltar a beber em sociedade ou usar outra droga moderadamente se eu quiser?
3 – será que penso que todas as reuniões do meu tratamento, reuniões de 12 passos e sessões de acompanhamento com o meu conselheiro são também tempo perdido não valendo de nada?
4 – será que eu estar rodeado de todos esses alcoólicos, adictos me faz arrepios?
E se respondermos sim mesmo que seja a uma destas perguntas, estamos a barear a nossa recuperação com uma grandiosidade irrealista.
É um paradoxo, mas os alcoólicos e outros adictos podem ser grandiosos mesmo sofrendo de um complexo de inferioridade. Dependendo de como sentimos e da situação, saltitamos entre o falso orgulho e um ego inchado de grandiosidade e uma depressão destruidora e baixa autoestima.
Isto porque o que distingue tanto a baixa autoestima como a grandiosidade é o desprezo. Com baixa autoestima, o desprezo vira-se para dentro de nós, com grandiosidade, nós visamos o exterior, as outras pessoas e as regras da sociedade e da natureza.
Quando começamos a pensar que as regras não são para nós, desenvolvemos um outro problema de atitude. Chama-se Facilitações.

FACILITAR
É sábado de manhã e o sol brilha; os pássaros cantam, e está um lindo dia. Então que mal poderá fazer não participar de uma reunião de acompanhamento com o nosso conselheiro no centro de tratamento? Seŕ que aconteceu alguma coisa de mal por não termos ido a reunião de NA na semana passada? Além disso num dia como o de hoje, é provavelmente mais saudável estar ao ar livre tomando sol, do que enfiados em uma reunião. Quero dizer, qual é a importância desta coisa do acompanhamento?.
A importância é que o sucesso da nossa recuperação depende do nosso empenho em continuarmos ativos no nosso acompanhamento pós tratamento. Quando começamos a faltar ao que está marcado, a fugir das reuniões e a dar desculpas, quando nos tornamos menos meticulosos no nosso empenho para com a recuperação, estamos a começar a facilitar.
Facilitar é uma forma de enganar. Começa devagar mas pode rapidamente tornar-se numa recaida total.
João é um bom exemplo de quem facilitou; João deu entrada em um tratamento porque havia perdido o controle de sua vida devido ao álcool e as drogas.. ele saiu do tratamento como um homem novo. Cheio de intusiasmo e desejando um estilo de vida diferente do que tinha anteriormente. De fato, ele estava tão excitado com a sobriedade, que esperava um dia vir a ser conselheiro de forma a ajudar a outras pessoas. Decidiu ter aulas a noite, de Psicologia, na universidade local.
As exigências do emprego e da fámilia não lhe deixavam muito tempo para o trabalho de casa, principalmente quando três noites por semana eram devotadas as reuniões de NA. Alguma coisa tinha que cedr. Pensando que podia tirar o mesmo proveito das aulas de psicologia como das reuniões de NA, João passou a frequentar a uma só reunião por semana. Depois deixou de ir compleamente, mas mesmo assim tentou ler o texto básico de NA, mais ou menos uma vez por semana. Cerca de um mês depois, a mulher do João, a Isabel, começou a lamentar do pouco que passavam juntos e, então o João surprendeu ela cancelando a sessão de aconselhamento familiar no centro de tratamento, levando-a ao melhor restaurante da cidade.
De fato, o João estava se sentindo bastante culpadopor passar tantas noites fora de casa e assim esperava que aquele jantar espetacular pusesse fim as queixas da sua esposa. Ele tinha a certeza absoluta de que ela estava a ficar desconfiada, mas tambem não pensava que estivesse a fazer nada de tão errado.
E ele estavarevendo antigos amigos, e indo a bares e lugares que sempre frequentou, e conseguia estar totalmente limpo e bem. Podia cheirar cocaina todas as noites que quisesse, mas recusou sempre todas as vezes que ofereceram. Algumas tragadas de maconha e alguns goles de cerveja foi o máximo que fez. Que mal poderia fazer? Era praticamente inofensivo. Ele nem chegou a ficar verdadeiramente chapado.que mal poderia fazer?
No espaço de três meses João estava completamente “recaido’. Estava dizendo uma sucessões de pequenas mentiras que pareciam pequenas e inocentes, de modo algum causaram preocupação. “e nós sempre arranjamos uma boa explicação para o nosso desvio”. A menos que reconheçamos a facilitação como um pensamento destrutivo que é, inevitavelmente isso conduz ao desastre.
DEVEMOS NOS PERGUNTAR:
1 – deixei de ir as reuniões porque me sentia cansado ou ocupado, ou porque achei que estava indo tão bem que não precisava, ou ainda que já sabia do assunto e isso seria desnecessário?
2 – bebi ou usei drogas alguma vez durante a recuperação?
3 – estou ignorando certas instruções de meu conselheiro ou médico que digam respeito a dieta, exercicio, controle do stress, trabalhos de casa, etc.. porque dão muito trabalho?
4 – deixei de fazer regularmente o meu inventario moral ou evitei em ter uma ação positiva para corrigir os meus defeitos de caráter?
Se respondemos positivamente a uma que seja destas perguntas, estamos a sabotar a nossa recuperação por facilitarmos.
A chave facilitar é desculpar-se.
Podemos tornar-nos peritos em combinar converssa fiada, grandiosidade e facilitação para formar uma péssima atitude que pode prejudicar nossa recuperção. Um exemplo do nosso pensamento negativo pode soar assim:
“ah, penso que Narcóticos anônimos são fomidáveis (conversa fiada), mas não sou do tipo que precisa de todo esse apoio do grupo para permanecer em recuperação (grandiosidade). Além disso, eu preciso de todo o meu tempo disponível para estar com a família de modo a compensa-los do abandono de tempos atrás. (arranjando desculpas)”.
No decurso normal dos acontecimentos, a família e os amigos começarão a notar “o facilitar”. Ficarão preocupados. E começarão a nos censurar, o que fará aparecer a nossa rebeldia.

REBELDIA
Os membros de NA e AA são grupos rebeldes. Não suportamos que digam o que temos que fazer. No momento em que alguém nos começa a dar ordens (mesmo quando estão certos, mesmo que seja para o nosso bem), os nossos pelos arrepiam.
Para nós, a rebeldia é tão normal como respirar. Parece que temos uma tendẽncia nata para resistir e opormo-nos a autoridade. E para nós, a autoridade pode ser qualquer um, incluindo a nossa mulher, os filhos, nossos pais, nosso conselheiro, nosso padrinho ou qualquer pessoa que tenta influenciar o nosso comportamento.
Talvez a nossa rebeldia provenha em parte da nossa grandiosidade. Nós queremos ter sempre razão. A nossa grandiosidade nos engana, fazendo com que acreditemos que temos todas as respostas, que tudo correrá bem, se toda esta pessoas estupidas fizessem as coisas à nossa maneira.
Claro que nem sempre mostramos abertamente a nossa rebeldia. Podemos mesmo mostrar-nos perfeitamente agradáveis e alegres por fora, mas por dentro estamos a congeminar e a fazer planos para virar a situação e a fazer exatamente o que quiser.
Por causa da nossa rebeldia e grandiosidade, não somos muito bons a receber sugestões dos nossos conselheiros e outras pessoas em recuperação que conhecem o “esquema”, e que poderiam nos ajudar, se lhes déssemos ouvidos em vez de filtrar tudo através dos nossos egos inchados.
Deveriamos nos perguntar:
1 – sinto-me como se as outras pessoas estivessem sempre a tentar governar a minha vida?
2 – faço promessas no sentido de melhorar o meu comportamento, quando na verdade não tenho intenção alguma de mudar:
3 – será que as vezes penso que o meu conselheiro ou padrinho é doido ou pior ainda?
Se respondermos afirmativamente a uma que seja destas perguntas estamos a sabotar nossa recuperação com rebeldia. A chave da rebeldia é a imaturidade. Em muitos aspectos somos como crianças grandes. Queremos ser o centro das atenções e que todas as nossas necessidades sejam imediatamente satisfeitas. Ficamos zamgados e ressentidos quando as pesoas que nos odeiam não procedem como nós queremos. Começamos a deitar-lhes as culpas de todos os nossos problemas e despendemos uma enorme quantidade de energia tentando muda-las, a fazer tudo certo, para nos tornarem felizes. Isto é o que torna rebeldia tão perigosa para a nossa recuperação. Estamos tão ocupados em tentar controlar e mudar os outros de um modo tão arrogante, que não temos a energia ou visão necessária para nos mudarmos a nós própios e ao nosso pensamento destrutivo.
Uma boa atitude é a resposta. A recuperação floresce quando encaminhamos sem medo os nossos pensamentos e ações, quando nos dedicamos a reconhecer e a eliminar os hábitos destrutivos da conversa fiada, da grandiosidade, do facilitar e da rebeldia.
Estas quatro qualidades de comportamento promovem crenças destrutivas que podem tornar as nossas vidas desgovernadas e infelizes mesmo qusndo estamos sóbrios.
Mas podemos mudar, podemos desafiar o nosso pensamento destrutivo e aprender novas e saudáveis respostas a vida. Podemos endireitar as nossas cabeças, pô-las no seu lugar.

DESAFIANDO O NOSSO PENSAMENTO DESTRUTIVO
são nescessárias pelo menos trẽs coisas para desafiar o pensamento destrutivo.
Consciência
Não podemos mudar uma má atitude se não dermos por ela, e enquanto enterramos as nossas cabeças na areia da grandiosidade e rebeldia, nunca reconhecemos os nossos própios defeitos de caráter. O quarto passo de NA é um modo excelente para aumentar a nossa consciência dos nossos comportamentos. A consciência pode ser dolorosa. Temos uma tendencia natural para negar as nossas imperfeições, protegermos os nossos egos, e escudarmo-nos da terrivél verdade dos nossos erros. Mas sem estarmos conscientes nunca poderemos crescer ou melhorarusca dentro de nós.
Então, vamos a não ter medo do nosso inventário moral! Uma vez passada a dor inicial da busca dentro de nós, podemos até achar maravilhosamente libertadora a consciência de nós mesmos.
Compromisso
Agora já não é tempo de conversa fiada superficial. A mudança positiva requer trabalho esforço e prática. Devemos procurar conselho sensato num terapeuta hábil, num padrinho digno de confiança numa irmandade que se preocupa com a nossa recuperação. Devemos examinar nossos planos para melhorarmos. Estaremos já a facilitar? A tentar encontrar o caminho mais facil? A mudançanão acontece facilmente, mas não valeremos nós o esforço? O compromisso sincero e vital para a nossa recuperação!
Ação
a consciência não tem significado a menos que tomemos uma ação positiva e construtiva para melhorar as nossas fraquezas e defendermos as nossas forças. Possuimos uma habilidade notável para mudar, contudo a visão de nós mesmos é muitas vezes seguida de inatividade.
O medo pode nos tolher: medo do desconhecido, medo de nos enfrentarmos. “pode doer” dizemos “a mudança apavora-me”. A preguiça é um grande bloqueio. “para me incomodar-me?” perguntamos “até aqui sobrevivi sem mudar”. E a grandiosidade juntamente com a baixa autoestima mantém-nos presos a rotina. “eu não preciso mudar”, insistimos com medo de admitir a nossa fraqueza. “não se passa nada de mal comigo!”
A ação marca a diferença entre sucesso e o fracasso. Se estivermos prontos à mudar, crescer e melhorar, é agora o tempo de fazer isso acontecer.
Transformações
O ponto mais importante a ter em conta a respeito do pensamento destrutivo é este: “podemos mudar as nossas atitudes”.
Podemos ser rabugentos ou positivos. A escolha é nossa! Ao eliminar o pensamento destrutivo, estamos a pensar claramente e a nos comprometer a recuperar.
Já aprendemos quais as chaves da recaida – mentiras, desculpas, desprezo e imaturidade. Estas caracteristicas da personalidade são obstaculos a nossa procura da felicidade e da maturidade.
Mas estando alerta, empenhados, e agindo podemos transformar esses obstaculos nos alicerces da recuperação.
Podemos contrabalançar estes aspectos negativos da nossa personalidade esforçando-nos ativamente na direção dos opostos positivos que podem intensificar a nossa recuperação. De um lado estão as caracteristicas negativas que conduzem a recaída; do outro lado vemos os opostos positivos, os traços de personalidade que assinalam uma atitude vencedora e uma recuperação saudável.
SINTOMAS DE RECAÍDA:
Conversa fiada/ chave: mentiroso, falso, enganador, supercritico, fingido, exagerado, manhoso, fala barato e inconstante.
Grandiosidade/chave: desprezo, brulhento, (o que fala alto), pomposo, acusador, egoísta, ignorante, o que se odeia arrogante e fantasista.
Facilitando/chave: o que se culpa, irresponsavél, preguiçoso, passivo.
Rebeldia/chave: imaturidade, o que exige, teimoso, egocêntrico, zangado, amedrontado, argumentativo, o que resiste e rígido.
SINTOMAS DE RECUPERAÇÃO
Compromisso/chave: sinceridade, genuino, honesto, sério, digno de confiança, sincero, ativo e dedicado.
Autoconfiança/chave: Respeito, prudente (aquele que sabe ouvir), humilde, compreensivo, diferente, dedicado, (o que aprende), o que gosta de si, convicto e realista.
Vigilante/chave: de confiança, responsável, energético, ativo, escrupuloso, disciplinado, autocontrolado, pontual e verdadeiro.
Aceitação/chave: Maturidade, generoso, receptivo, o que se preocupa, calmo, aberto as mudanças, o que pergunta, o que se rende e flexível.

Agora, olhemos para nós mesmo, de perto e honestamente para os nossos mais intimos pensamentos e sentimentos. Qual lista de caracteristicas de personalidade que melhor descreve o que gostariamos de ser? Qual a lista que melhr descreve como fomos e como somos agora? Será que temos um pensamento claro e racional ou vacilamos no pântano de pensamentos destrutivo?

AGORA É O MOMENTO PARA UM PENSAMENTO CLARO
Um pensamento claro é um sinal de recuperação. O pensamento destrutivo assinala a recaída.
As pessoas que tem o pensamento claro estão sempre alertas.
Admitem prontamente que as suas percepções e comportamentos foram emsombrados e confundidos pela sua doença adictiva.
a Os que tem pensamentos claro – não apenas com os outros. São honestos consigo mesmos. São honestos quanto a sua doença e quanto ao tempo e esforço que recuperação positiva requer. Sabem que não tem todas as respostas e aceitam que não podem estar sempre certos.
Os que tem pensamento claro estão ansiosos por aprender – especialmente acerca do seu potencial para recuperarem da sua doença adictiva e podem levar uma vida saudável e feliz.
Os que tem pensamentos destrutivo não estão alerta. Sentem-se como vítimas, negando o papel que o seu comportamento tem, os seus problemas.
Estão cheios de egoismo, de costas voltada para a necessidade e sem se darem conta do impacto do seu comportamento com aqueles que mais gostam. Os que tem pensamentos claro aceitam a responsabilidade pela sua recuperação.
Os que tem pensamentos destruitvo culpam os outros pelos seus problemas. Os que tem o pensamentos claro, tem mente aberta.
Os que tem o pensamento destrutivo são fechados, assustados e estão na defenciva.
O que temos nós? Temos um pensamento claro ou temos um pensamento destrutivo?
Podemos concordar ou descordar destas afirmações?
1. tenho orgulho na minha caridade para falar sobre assuntos delicados e/ou dificeis?
2. o aconselhamento para mim falhou porque descobri que era mais esperto que meu conselheiro.
3. não preciso de um grupo de apoio para permanecer limpo porque aprendi tudo aquilo que precisava e assim poderei ver qualquer sinal de problema que possa aparecer.
4. metades dos meus problemas resolver-se-iam seus as outras pessoas me deixassem em paz e me tratassem bem.,
Poderiamos concordar com apenas uma dessas afirmações? Poderiamos reconhecer os sintomas da ansiedade, da arrogancia, da racionalização e do egocentrismo implicitos nestas afirmações?
LEMBRE-SE: o primeiro e o mais importante passo para um tratamento claro é estar consiente.
Em recuperação, procuramos e andamos alertas todos os dias da nossa vida, abrindo-nos a novas experiencias e metas do saudáveis de lidar com os problemas da vida. Não corremos nem nos escondemos, não mentimos nem somos fanfarrões. Humildemente aceitamos a responsabilidade pelo nosso próprio bem estar, vigilantemente examinando o nosso comportamento diário a procura de sintomas de pensamento destrutivo e recaída. Tudo aquilo que precisamos de fazer para termos um pensamento claro é aprendermos a pormo-nos algumas questões: TENHO SIDO HONESTO?, TENHO SIDO REALISTA?, TENHO SIDO RESPONSÁVEL PELAS MINHAS AÇÕES?, TENHO SIDO ACEITO E TENHO SIDO ABERTO?
Estas questões desafiam o pensamento destrutivo. Se pudermos responder sim, ou tivermos vontade de procurar o conselho ssensato de alguém experiente em pensamento claro, temos o caminho solido de que precisamos para recuperação.
Com este alerta, podemos entregarmo-nos a uma ação positiva. Podemos transformar-nos com cada dia. Podemos recuperar!

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